O caso de injúria racial sofrido por Susan de Sousa Sena, uma cliente da Magazine Luiza, expõe um problema persistente na sociedade: o racismo. Ao receber um e-mail com a saudação "Olá, macaca", Susan foi alvo de um ato discriminatório que causou profundo impacto emocional.

A cozinheira de 35 anos, residente em São Paulo, estava realizando uma compra online na Magazine Luiza quando atualizou seus dados cadastrais. Ao verificar seus e-mails, deparou-se com a ofensa racista em uma mensagem de confirmação.
A empresa, em sua defesa, alegou que o cadastro original da cliente havia sido realizado em 2011 e que um terceiro teria inserido o termo ofensivo manualmente. A Magazine Luiza afirmou ainda que não houve qualquer interação humana no processo de biometria facial e nos envios automáticos de e-mails.
O caso gerou grande repercussão nas redes sociais e nos meios de comunicação, expondo a fragilidade das políticas de diversidade e inclusão de grandes empresas. A história de Susan serviu como um alerta para a persistência do racismo, mesmo em um contexto social que se apresenta cada vez mais diverso e inclusivo.
A vítima relatou ter se sentido profundamente ofendida e angustiada com o ocorrido. Sua experiência demonstra o impacto psicológico que atos racistas podem causar, reforçando a necessidade de combater o racismo em todas as suas formas.
Diante da repercussão negativa, a Magazine Luiza tomou algumas medidas para tentar remediar a situação e evitar que casos semelhantes ocorram no futuro:
Exclusão do campo "apelido": A empresa removeu o campo "apelido" de seus formulários de cadastro, visando evitar a inserção manual de termos ofensivos.
Lista de palavras proibidas: Uma lista de palavras inapropriadas foi criada e será utilizada para bloquear termos ofensivos durante o preenchimento do cadastro.
Conscientização dos funcionários: A Magazine Luiza reforçou seus programas de diversidade e inclusão, com o objetivo de conscientizar os funcionários sobre os impactos do racismo.
Contato com a vítima: A empresa entrou em contato com Susan para pedir desculpas e explicar a situação.
Embora as medidas adotadas pela Magazine Luiza sejam um primeiro passo, é importante questionar a eficácia dessas ações. A exclusão do campo "apelido" e a criação de uma lista de palavras proibidas são medidas pontuais que não abordam as raízes do problema.
É fundamental que a empresa promova uma mudança cultural profunda, investindo em treinamentos antirracistas para todos os seus funcionários, desde os níveis mais altos até os mais básicos. Além disso, é preciso criar mecanismos de denúncia e punição para aqueles que praticarem atos discriminatórios dentro da empresa.
O caso da Magazine Luiza serve como um lembrete de que o combate ao racismo é uma responsabilidade de todos. É preciso que a sociedade como um todo se engaje nessa luta, denunciando atos racistas, promovendo o diálogo e exigindo mudanças nas instituições.
Conclusão
O caso de injúria racial sofrido por Susan de Sousa Sena é um exemplo claro de como o racismo ainda está presente em nossa sociedade. É preciso que empresas, instituições e indivíduos se unam para combater essa prática e construir um futuro mais justo e igualitário para todos.
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